O primeiro-ministro tailandês, Prayut Chan-O-Cha, pediu calma, nesta terça-feira (10), em um momento em que aumentam as tensões entre os manifestantes, que exigem reformas há meses, e os adeptos da monarquia.
"Peço a todas as partes que evitem enfrentamentos e se abstenham de violar a lei de uma maneira tão excessiva que obrigue as autoridades a recorrerem a todas as medidas a seu alcance para fazê-la ser respeitada", disse o chefe de governo, muito criticado pelos manifestantes, que pedem sua renúncia.
"O confronto não é a forma de resolver um problema", afirmou, acrescentando que ambas as partes têm o direito de expressar sua opinião, desde que o façam em conformidade com a lei.
Há meses, os manifestantes pedem, diariamente, reformas da monarquia, um tema tabu no país, assim como a renúncia do primeiro-ministro Prayut Chan-O-Cha, um ex-chefe militar que esteve por trás do golpe em 2014.
As manifestações lideradas por estudantes também pedem mudanças na Constituição elaborada pelos militares e a renúncia do governo, suspeito de perseguição a oponentes políticos.
Os grupos que defendem a monarquia organizaram contramanifestações que terminaram em confrontos com os que pedem nas ruas a reforma da instituição.
No domingo, a polícia usou jatos d'água para dispersar milhares de manifestantes que protestavam em Bangcoc para pedir que o rei Maha Vajiralongkorn se mostre favorável ao diálogo.
Inúmeros militantes pró-democracia e líderes estudantis foram presos e acusados de terem participado das manifestações. Alguns foram acusados de sedição e de violência contra a rainha, crime que pode levar a uma pena de prisão perpétua.
* AFP