A prefeitura de Gramado contabiliza 35 pacientes com coronavírus relacionados ao surto no Santa Ana Residencial Geriátrico. Desse total, 22 são idosos, 12 funcionários e um é um prestador de serviços terceirizado. Os dados foram divulgados pelo prefeito João Alfredo Bertolucci, o Fedoca, em entrevista ao Gaúcha Atualidade desta quinta-feira.
Dos 30 moradores do asilo, 22 foram contaminados pelo coronavírus e sete morreram desde a metade da semana passada. Conforme o prefeito, quatro idosos estão em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e outro em enfermaria. Fedoca chegou a tratar o local como uma clínica especializada em cuidar de idosos e não de um lar. No entanto, trata-se de um residencial, que oferece também acompanhamento médico já que os moradores apresentam doenças prévias e uma média de faixa etária de 88 anos.
— Se trata de uma fatalidade, que para nós é invencível. Nós não tínhamos condições de estabelecer nenhuma projeção, nenhuma preparação em relação a isso, afora as nossas fiscalizações ordinárias e extraordinárias da nossa Vigilância — afirmou o prefeito ao Gaúcha Atualidade.
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Fedoca disse que os moradores da clínica fazem parte do grupo de risco da covid-19, por causa da idade e por terem doenças prévias. Segundo ele, a hipótese mais provável é que o surto tenha começado com um funcionário do estabelecimento, já que as visitas estão suspensas desde março. O prefeito disse estar “chocado, emocionado, consternado” com as mortes, mas relacionou a repercussão do caso à imagem de Gramado, que é o principal destino turístico do Estado.
— Isso (o surto) nos preocupa, mas acho que não chega a macular a imagem da cidade, porque se tratou de um episódio localizado, se tratou de algo que se concentrou em um determinado lugar, mais do que isso, se concentrou em um determinado estabelecimento e isso não faz com que a gente compreenda melhor, mas faz com que a gente tenha uma análise mais serena sobre esse fato.
No mês passado, imagens de aglomerações na Rua Coberta repercutiram e levaram a Justiça a determinar que o município apresentasse um plano de fiscalização para evitar essas situações. Fedoca garantiu que as medidas foram tomadas, com barreiras sanitárias de orientação na cidade e instalação de câmeras para verificação de aglomerações na Rua Coberta.