A marca de luxo francesa Louis Vuitton voltou às suas origens nesta segunda-feira (10), com um desfile feminino suntuoso dedicado à viagem em todas as suas versões, às portas da Gare du Nord, em Paris.
Capas de chuva com capuz, sapatos com sola de borracha, para evitar escorregões, casacos de luxo e, como complementos, todo tipo de mala e bolsa, para guardar desde batons até um violino.
Na plateia do desfile da coleção outono/inverno de prêt-à-porter estavam personalidades como a primeira-dama da França, estrelas do K-pop coreano, a crítica Anna Wintour, as atrizes Ana de Armas, Lea Seydoux e Saoirse Ronan, e a diretora de cinema Justine Triet.
"As plataformas da estação. O trem. Evocamos uma parte constitutiva da história da Louis Vuitton", explicou o designer das coleções femininas da marca, Nicolas Ghesquière.
Nascida como uma casa de artigos de couro para viagem, a Louis Vuitton se tornou um empório mundial e suas coleções devem refletir todo tipo de tendência, para clientes dos cinco continentes.
Além dos "total looks", sejam em preto ou creme, e do conforto, Ghesquière propôs misturas de cores e um macacão listrado que também poderia ser um pijama, usado com sapato azul e lenço combinando no pescoço.
Se a mulher quiser viajar "leve", peças em seda e vestidos no estilo camisola também foram mostrados, além de um vestido longo na cor cinza que dá lugar na altura dos ombros e do pescoço a um vermelho intenso, que se repete na parte inferior da saia.
Para as nostálgicas das viagens de trem do século passado, a marca mostrou casacos pretos com detalhes imitando pele de animal, usados com chapéus.
- Loewe -
A marca espanhola Loewe apresentou uma coleção dupla, feminina e masculina, com ares de homenagem e despedida do seu estilista, Jonathan Anderson, que tornou a grife uma das mais bem-sucedidas dos últimos anos. Segundo observadores do mercado de luxo, Anderson pode deixar a marca rumo a outros destinos dentro grupo francês LVMH.
O desfile de hoje foi uma confirmação do estilo conceitual do estilista, uma homenagem aos artistas Josef e Anni Albers, pioneiros da arte moderna no século XX, com destaque para os sobretudos de lã multicoloridos, tecidos como um trabalho minucioso de patchwork.
* AFP