O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (18) que tem "uma relação muito boa com o México", mas que o país vizinho "é controlado em grande parte pelos cartéis" do tráfico de drogas.
"É algo triste de se dizer, e se quisessem uma ajuda com isso, nós daríamos", afirmou Trump em uma coletiva de imprensa em Mar-a-Lago, Flórida, quando perguntado sobre supostas operações encobertas da Agência Central de Inteligência americana (CIA, na sigla em inglês) com drones em território mexicano para monitorar narcotraficantes.
Em 20 de janeiro, Trump emitiu um decreto que deu início ao processo para declarar como organizações terroristas os cartéis de drogas mexicanos, os quais ele acusa de, entre outras coisas, fabricar o fentanil, um opioide sintético que causa estragos nos Estados Unidos.
Trump ameaçou o país vizinho, bem como o Canadá, com tarifas de 25% sobre todas as exportações se não incrementassem suas ações contra a migração irregular e o tráfico de fentanil.
Desde então, as autoridades mexicanas multiplicaram os anúncios sobre prisões de traficantes e apreensão de drogas.
Trump adiou a entrada em vigor das tarifas aduaneiras por um mês, até o início de março, enquanto negocia uma saída com seus dois parceiros no tratado de livre-comércio T-MEC.
Em troca da pausa na imposição das tarifas, o México destacou 10 mil militares ao longo dos 3.100 km de fronteira com os Estados Unidos.
Contudo, nesta terça-feira, o presidente americano voltou a acusar o México ao dizer que "permitiu que uma enorme quantidade" de migrantes sem visto chegassem aos Estados Unidos.
"Permitiu que milhões de pessoas entrassem em nosso país, vindos de cadeias e prisões de outros países, de todo o mundo, não só da América do Sul", disse o republicano de 78 anos, que promete expulsões em massa de imigrantes dos Estados Unidos.
* AFP
