A líder da oposição venezuelana Maria Corina Machado denunciou nesta segunda-feira (24) a morte na prisão de um colega detido durante a crise pós-eleitoral gerada pela reeleição do presidente Nicolás Maduro.
Já são quatro os presos mortos desde novembro. "O regime o assassinou", denunciou María Corina no X, referindo-se a Reinaldo Araujo, militante do seu partido, Vente Venezuela, no estado de Trujillo. "Ele tinha problemas sérios de saúde, mas lhe foi negado atendimento médico. Até o dia de hoje, quando já era tarde demais."
A eleição de Maduro para o terceiro mandato consecutivo (2025-2031) gerou protestos que deixaram 28 mortos e cerca de 2.400 presos, dos quais cerca de 1.900 foram soltos. Ativistas denunciam que a prisão de opositores não parou.
Desde 2014, pelo menos uma dezena de "presos políticos" morreram sob a custódia do Estado, segundo ativistas dos direitos humanos. Familiares protestaram em diversas ocasiões para denunciar os maus-tratos sofridos pelos detidos.
A ONG Foro Penal, que documenta o número de presos políticos na Venezuela, informou que eles eram 1.061 neste mês.
* AFP