O professor americano Marc Fogel, detido desde 2021 na Rússia, onde foi acusado por crimes relacionados com drogas, foi libertado e está retornando ao seu país, após uma "troca" com Moscou, anunciou a Casa Branca em um comunicado nesta terça-feira (11).
O presidente dos EUA, Donald Trump, "negociou uma troca que demonstra a boa vontade da Rússia e indica que estamos indo na direção certa para acabar com a terrível e violenta guerra na Ucrânia", afirmou o comunicado, sem dar mais detalhes.
Steve Witkoff, um promotor imobiliário e amigo próximo do republicano que atua como seu enviado ao Oriente Médio, participou da negociação da libertação e estava "deixando o espaço aéreo russo" junto com Fogel, informou a Casa Branca.
"O presidente Trump, Steve Witkoff e os assessores do presidente negociaram uma troca que serve como prova de boa fé dos russos e um sinal de que estamos nos movendo na direção certa para pôr fim à brutal e terrível guerra na Ucrânia", disse o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Mike Waltz, em um comunicado.
"Esta noite, Marc Fogel estará em solo americano e se reunirá com sua família e entes queridos graças à liderança do presidente Trump", acrescentou.
Witkoff, que anteriormente desempenhou um papel-chave na promoção de um frágil cessar-fogo entre Israel e Hamas em Gaza, seria o primeiro oficial americano de alta patente a viajar para a Rússia nos últimos anos.
O presidente anterior, o democrata Joe Biden, interrompeu a maioria dos contatos bilaterais, embora os chefes de inteligência e outros altos funcionários se reunissem discretamente em países terceiros, depois que a Rússia invadiu a Ucrânia, em fevereiro de 2022.
No entanto, o governo Biden negociou trocas de prisioneiros de alto perfil anteriormente.
O anúncio sobre Fogel surgiu horas depois de Trump dizer que o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, visitaria a Ucrânia.
* AFP