Um total de 152 pessoas morreram na Turquia desde o início do ano após consumirem álcool adulterado, informou a agência de notícias estatal Anadolu nesta quarta-feira (26).
A mídia turca relatou 70 mortes em Istambul e 63 na capital Ancara na semana passada, elevando o total para 133 mortes.
A Anadolu não informou se algum paciente ainda estava hospitalizado após a onda de envenenamentos por metanol, um álcool industrial diferente do etanol encontrado em bebidas alcoólicas.
De acordo com a Anadolu, 50 pessoas suspeitas de estarem envolvidas na fabricação ou venda de álcool contrabandeado foram presas e 445.000 litros de álcool falsificado foram apreendidos.
Os varejistas de álcool acusam o governo islamista-conservador de ser indiretamente responsável por essas mortes devido aos altos impostos sobre o álcool, que, segundo eles, incentivam a produção clandestina.
Uma garrafa de um litro de raki, um licor tradicional com sabor de anis, custa cerca de 37 euros (224 reais) na loja, em um país onde o salário mínimo é de 610 dólares (3522 reais).
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, um muçulmano devoto acusado por seus oponentes de querer islamizar a sociedade, tem se posicionado repetidamente contra o consumo de álcool e tabaco.
* AFP