Um tribunal holandês proibiu nesta sexta-feira (28) qualquer futura doação de esperma do progenitor de, ao menos, 550 crianças, sob pena de multa de 100.000 euros (550.000 reais) a cada vez que não cumprir a sentença.
Uma mulher e a fundação Donorkind ("Filho de Doador") iniciaram um procedimento de urgência contra o "doador em massa" - Jonhathan M., de 41 anos, segundo a imprensa holandesa -, constatando que seguia buscando futuros pais nas redes sociais.
A denunciante, explica Donorkind, entrou em contato com o homem em 2018, por meio de uma plataforma de encontros, na qual prometia gerar um máximo de 25 crianças, segundo as diretrizes das clínicas holandesas para evitar a consanguinidade, incesto e problemas psicológicos nos filhos de doadores.
Porém, segundo a sentença - a qual a AFP teve acesso, o doador teria gerado 100 crianças apenas em clínicas holandesas até agora, além de um número desconhecido na esfera privada e por meio de uma clínica dinamarquesa que enviou seu esperma para endereços privados em vários países.
"Por isso, lhes interessa que essa rede de parentesco não se estenda mais", destaca em um comunicado o tribunal do Distrito de Haya, que proibiu o homem de "doar seu esperma a futuros pais".
Após ter doado esperma a, ao menos, 12 clínicas, o condenado poderá ser punido a pagar 100.000 euros (550.000 reais) se violar a proibição.
Além disso, está proibido de se comunicar com os futuros pais sobre seu desejo e sua vontade de doar esperma.
* AFP