A Guarda Revolucionária, o exército ideológico do governo iraniano, afirmou na quinta-feira à noite que continuará com seus ataques no Curdistão iraquiano contra os grupos armados da oposição curda iraniana, classificados de "terroristas" por Teerã.
Na quarta-feira, ao menos 13 pessoas morreram e quase 50 ficaram feridas, entre elas mulheres e crianças, em ataques iranianas com mísseis e drones.
O Curdistão iraquiano recebe vários grupos de oposição iranianos curdos que, historicamente, realizaram uma insurreição armada contra Teerã, embora nos últimos anos suas atividades tenham diminuído.
Esses ataques ocorrem em um contexto de tensão no Irã, onde ocorre diariamente manifestações noturnas desde a morte em 16 de setembro de Mahsa Amini, uma jovem de 22 anos detida pela polícia da moral.
Em um comunicado, os Guardiões alegaram "ter lançado uma série de operações contra bases e quartéis-generais terroristas no norte do Iraque usando todos os tipos de mísseis, drones de combate ou drones kamikaze".
"Essas operações continuarão até que os grupos terroristas sejam desarmados", disse a Guarda, enquanto exortava os governos iraquiano e do Curdistão autônomo a "mostrar mais seriedade em suas responsabilidades em relação ao Irã como vizinho".
* AFP