O colono judeu Amiram Ben-Uliel foi condenado à prisão perpétua, nesta segunda-feira (14), pelo assassinato de um bebê palestino e de seus pais, mortos no incêndio de origem criminosa de sua casa na Cisjordânia ocupada, em 2015.
Em maio passado, o tribunal de Lod (centro) havia considerado Ben-Uliel culpado desses crimes e, hoje, o jovem colono foi condenado a um total de "três penas" de prisão perpétua - uma para cada assassinato.
"O acusado teve sua culpa reconhecida por três assassinatos, duas tentativas de assassinato, dois incêndios criminais e crimes racistas" Afirmou o veredito de 14 páginas do tribunal consultado pela AFP.
Em julho de 2015, o bebê de 18 meses Ali Dawabcheh foi queimado vivo enquanto dormia depois que vários coquetéis molotov foram atirados contra sua casa em Duma, na Cisjordânia, um território palestino ocupado por Israel desde 1967.
Seu pai Saad e sua mãe Riham, foram surpreendidos enquanto dormiam e morreram por ferimentos causados pelas queimaduras.
Ahmed, irmão de quatro anos, foi o único sobrevivente.
Em sua confissão Ben Uliel afirmou que quis vingar a morte de Malachi Rosenfeld, um colono assassinado a tiros por palestinos em Duma.
Amiram Ben Uliel não poderá pedir a redução de sua pena antes de cumprir 15 anos de detenção.
* AFP