Declarado o vencedor, nesta sexta-feira (13), das eleições presidenciais na Argélia, o septuagenário Abdelmadjid Tebboune fez carreira no sistema governamental argelino, ao lado de Abdelaziz Buteflika, de quem foi premiê por um curto período de tempo.
Tebboune é, no entanto, o primeiro presidente da Argélia que não ostenta o título de ex-combatente da guerra de independência contra o poder colonial francês (1954-1962).
Aos 74 anos, este membro do Comitê Central da Frente de Libertação Nacional (FLN), antigo partido único, está longe de representar - segundo Buteflika - a renovação política e geracional esperada pela juventude, em um país onde metade da população tem menos de 30 anos.
Juventud encarnada pe contra os oligarcas que gravitavam em torno do chefe de Estado, tributários de enormes contratações públicas e a maioria dos quais hoje se encontra preso por acusações de suspeita de corrupção.
Tebboune fez valer este feito para honrar seu passado a serviço de Buteflika, embora seu entorno não escape dos casos de corrupção, já que um de seus filhos permanece em prisão preventiva por tráfico de influência, em um caso que envolve várias acusações, após a apreensão de 700 kg de cocaína em um porto da Argélia em maio de 2018.
Tebboune, casado, tem um filho homem e outras duas filhas.
Próximo ao general Gaid Salah, chefe do estado-maior do exército e homem forte do país desde a demissão de Buteflika, Tebboune fez uma campanha discreta, após a saída de seu diretor de comunicação, Abdallah Baali, por motivos de saúde, segundo veículos de comunicação da Argélia.
* AFP