Dois pandas gigantes que fizeram sua estreia pública nesta sexta-feira (24) em um zoológico diante de centenas de admiradores se tornaram as novas estrelas de Washington.
Bao Li, um macho, e Qing Bao, uma fêmea, exploram seu recinto, brincam na neve e mastigam bambu no Zoológico Smithsonian.
Os pandas chegaram da China em outubro, mas passaram um período de quarentena enquanto seu novo lar era preparado com estruturas para escalada, grama e até uma rede para descanso.
O zoológico de Washington também reativou sua popular "panda cam", que permite ao público observar os pandas ao vivo pela Internet, além de oferecer uma linha de produtos temáticos, como moletons e almofadas.
Segundo a administração do zoológico, os novos moradores estão bem adaptados. Bao Li come tudo o que lhe dão, mas Qing Bao é mais seletiva.
"Os pandas gigantes são parte integral da cultura de Washington há mais de 50 anos", afirmou a diretora do zoológico, Brandie Smith.
Os primeiros pandas foram um presente para os Estados Unidos em 1972, após a histórica visita do presidente Richard Nixon à China.
"Bao Li e Qing Bao conquistaram nossos corações, e estamos entusiasmados em receber novamente os fãs de pandas no zoológico", acrescentou Smith.
A presença dos pandas é parte da chamada "diplomacia do panda", pela qual a China envia esses icônicos animais ao redor do mundo para fortalecer relações internacionais.
Os predecessores de Bao Li ("poder vital e ativo") e Qing Bao ("verde" e "tesouro"), ambos com três anos, deixaram Washington em 2023.
Os dois pandas chegaram de Chengdu, na China, em outubro, transportados por um avião de carga da FedEx. Eles permanecerão nos Estados Unidos por dez anos, com um custo de um milhão de dólares (R$ 5,89 milhões) por ano.
Ainda jovens para reprodução, os pandas atingirão a maturidade sexual entre quatro e sete anos. Caso tenham filhotes, estes serão enviados à China para serem criados lá.
Graças aos esforços de conservação, o panda gigante deixou de ser considerado uma espécie "em perigo" e passou para a categoria de "vulnerável" na lista mundial de espécies ameaçadas de extinção.
* AFP