O governo de Porto Rico negou que o governador, Ricardo Rosselló, tenha renunciado e saído da ilha nesta quarta-feira (24), como informou a imprensa local após quase duas semanas de protestos contra o "chatgate".
"O governador Ricardo Rosselló Nevares não renunciou e continua em Porto Rico ", disse o secretário de Assuntos Públicos", Anthony Maceira, num comunicado.
"Qualquer que seja a decisão que venha a tomar, será comunicada oficialmente, como de costume", acrescentou o porta-voz do governador.
O jornal El Nuevo Día havia divulgado, citando várias fontes anônimas ligadas ao governo, que Rosselló tinha gravado um vídeo anunciando a renúncia que seria divulgado nesta quarta-feira, acrescentando que seria substituído pela secretária de Justiça, Wanda Vázquez.
Para ampliar os rumores, o ex-secretário de Justiça Antonio Sagardía disse à Rádio Isla que "a renúncia era uma fato consumado".
Já Ricardo Llerandi -que na terça-feira renunciou à secretaria do governo-, havia desmentido à Ràdio Isla que Rosselló, de 40 anos, tivesse deixado Porto Rico na madrugada, como circulava nas redes sociais.
Na terça-feira, o governador do território americano no Caribe reiterou que não pretendia deixar o cargo.
"O povo está falando e eu tenho que ouvir", escreveu num comunicado, acrescentando que vai se concentrar em governar e não responder a mais perguntas sobre a crise política.
Além de Llerandi, mais quinze funcionários do governo renunciaram a seus cargos.
No dia 13 de julho, o Centro de Jornalismo Investigativo publicou uma sequência de troca de mensagens feitas no aplicativo Telegram na qual Rosselló e os outros 11 homens compartilharam comentários considerados ofensivos por seus críticos sobre jornalistas, homossexuais, mulheres e vítimas do furacão Maria.
Desde então, os porto-riquenhos foram às ruas exigir a renúncia do governador.
* AFP