A abertura da janela extra de transferências para jogadores que disputaram os campeonatos estaduais gerou polêmica no futebol brasileiro. A medida, que permite a inscrição de atletas até 11 de abril, tem o objetivo de beneficiar aqueles que ficaram sem clube após o fim dos torneios regionais. No entanto, a decisão não foi bem recebida por todos. O Guarani não achou correto, por exemplo.
O executivo de futebol do clube campineiro, Rodrigo Pastana, se manifestou contra a extensão do período de negociações, alegando que a mudança prejudica o planejamento dos clubes, especialmente os que disputarão a Série C do Campeonato Brasileiro.
Pastana classificou a decisão como um erro e afirmou que a duração do novo período de contratações pode afetar diretamente a preparação do Guarani e de outras equipes da terceira divisão nacional.
"Essa janela não existe. É um erro. No ano passado, tivemos uma extensão de apenas oito dias, o que já foi um desafio. Agora, ampliaram para um mês, chegando até 11 de abril, o que impacta o início da Série A e da Série B, enquanto os times da Série C ficam vulneráveis, podendo perder jogadores poucos dias antes da competição começar", criticou.
O dirigente também destacou a importância de um planejamento sólido para minimizar os impactos dessa medida. "Felizmente, conseguimos manter 90% do elenco com contratos anuais, mas essa janela desestabiliza qualquer estratégia. Estamos recebendo sondagens por nossos jogadores e, ao mesmo tempo, monitorando o mercado para reforçar posições carentes. Mesmo assim, considero esse período de um mês algo absurdo."
Apesar das dificuldades, o Guarani já oficializou a contratação do atacante Lucas Macedo, de 21 anos, que retorna ao Brasil após passagem pelo futebol português. Além disso, o clube fechou acordo com o meia japonês Ryuta Takahashi, ex-Gamba Osaka, e segue interessado na contratação do ala Pablo Diogo.
Por outro lado, o clube perdeu um de seus destaques do Paulistão, o atacante João Marcelo, que foi negociado com o Atlético-MG.