O presidente do Vasco, Pedrinho, explicou a decisão de mandar a semifinal do Campeonato Carioca contra o Flamengo no estádio do Engenhão. Segundo o dirigente, a escolha foi feita para garantir que o clube exerça de fato seu mando de campo, algo que, segundo ele, não acontece quando enfrenta o rival no Maracanã. O jogo acontece neste sábado, às 17h45.
"Quando a gente joga como mandante no Maracanã contra o Flamengo, a gente só tem a nomenclatura de mandante, a gente não exerce nenhum processo de mandante. A gente tem um número de assentos de visitantes, vaga de estacionamento de visitante, vestiário de visitante. E o Flamengo, como visitante, tem os processos de mandante. O único ponto é que meus jogadores precisam sentir que são mandantes do jogo", afirmou Pedrinho à TNT Sports.
O presidente vascaíno também rebateu as críticas de que a escolha do Engenhão representaria uma tentativa de diminuir a vantagem do Flamengo. Para ele, a decisão foi tomada com o intuito de dar mais representatividade ao Vasco. "Minha posição não está apequenando o Vasco. Pelo contrário, estou dando representatividade à instituição. O Vasco, desde que eu entrei e assumi, não vai acatar decisões, ele vai participar das decisões", declarou.
Pedrinho reforçou que quer manter boas relações institucionais com os rivais cariocas e com as entidades do futebol, mas lamentou a falta de diálogo sobre a escolha do local da partida. "Quero ter uma relação ótima com o Flamengo, Fluminense, Botafogo, com a Ferj, CBF. A gente precisa de diálogo, não de briga. Como não teve diálogo, eu precisava de um local para jogar", justificou.
O presidente do Vasco também mencionou o desejo de realizar clássicos em São Januário, mas reconheceu que o regulamento do Campeonato Carioca impede a realização de partidas com torcida dividida no estádio. "O Vasco tem casa, tem direito de jogar ali. Mas, nesse caso específico da Ferj, foi assinado um contrato que o estádio teria que ser meio a meio", explicou.
Por fim, Pedrinho afirmou que a escolha do Engenhão passou por uma consulta técnica com os jogadores, considerando o gramado e a adaptação da equipe. "Quando a gente solicita (ao Botafogo), tem uma consulta técnica. Não é só uma decisão administrativa. Como tem uma interferência técnica, a gente precisa consultar os atletas. E a maioria decidiu pelo Engenhão", concluiu.