O Dia Nacional do Farmacêutico, em 20 de janeiro, celebra a importância desses profissionais da saúde, que garantem o uso seguro e eficaz de medicamentos, promovem o bem-estar e benefícios para a prevenção de doenças. Eles são responsáveis pela manipulação e distribuição de medicamentos até a orientação e o cuidado direto ao paciente, sendo um pilar essencial na promoção da qualidade de vida da população.
O setor farmacêutico movimentou R$ 106 bilhões no primeiro semestre de 2024, registrando um crescimento de 11% em comparação com o mesmo período de 2023, segundo a Associação dos Distribuidores Farmacêuticos do Brasil (Abafarma). Com alta empregabilidade – 94,3% dos profissionais empregados – e cerca de 15 mil farmacêuticos formados anualmente, o mercado se destaca como um dos mais dinâmicos e essenciais para o bem-estar da população.
Função do farmacêutico
O que realmente faz o farmacêutico, além de dispensar remédios? Nathalia Molina, professora do curso de Farmácia da Faculdade Anhanguera, explica que o papel desse profissional vai muito além. “O farmacêutico está na linha de frente da saúde pública, orientando sobre o uso correto de medicamentos, prevenindo automedicação e garantindo que os tratamentos sejam eficazes. É ele quem acompanha o paciente de perto, assegurando que os medicamentos sejam usados de forma segura e eficiente”, destaca.
Importância do farmacêutico em outras áreas da saúde
Além de garantir a adesão ao tratamento, o farmacêutico é peça-chave na gestão de medicamentos no Sistema Único de Saúde (SUS), desde a seleção até o controle de qualidade. Nathalia Molina também ressalta o papel crucial desse profissional em diversas áreas, como farmácias hospitalares, indústrias farmacêuticas, laboratórios e até em investigações forenses.
“A profissão se expandiu muito. Hoje, o farmacêutico está presente em campos como oncologia, pediatria e cosméticos. Ele também participa do desenvolvimento de novos medicamentos e personaliza tratamentos com base no perfil genético de cada paciente”, explica a especialista. Além disso, no Brasil, esses profissionais podem prescrever medicamentos e gerenciar doenças crônicas, como hipertensão e diabetes.
Tecnologia e o futuro da farmácia
Com os avanços tecnológicos, a atuação do farmacêutico está se transformando. A telefarmácia, por exemplo, permite que o atendimento seja feito remotamente, o que amplia o acesso ao cuidado, especialmente em áreas remotas. Além disso, a automação nas farmácias melhora a eficiência e reduz os erros na dispensação de medicamentos.
O futuro da profissão, segundo Nathalia Molina, está cada vez mais conectado à inovação. “Inteligência artificial, farmacogenômica e nanotecnologia estão possibilitando tratamentos cada vez mais personalizados e seguros. O farmacêutico terá um papel ainda mais central nas equipes de saúde, promovendo o uso racional de medicamentos e colaborando em tratamentos avançados”, conclui.
Por Bianca Lodi Rieg