A pesquisa para mapear as condições de saúde mental de profissionais que atuam na linha de frente ao combate da covid-19 em Caxias do Sul sofre com a baixa adesão. No mês passado, os questionários foram enviados por e-mail, com a previsão de que os primeiros resultados estivessem disponíveis já em setembro. No entanto, chegaram respostas de apenas 15% da amostra mínima de 600 participantes. Diante disso, o prazo teve de ser estendido até o final de setembro.
Os e-mails foram disparados para cerca de 7 mil profissionais da saúde que integram os quadros de associados do Sindicato dos Servidores Municipais de Caxias do Sul (Sindiserv) e com o Sindisaúde, que representa parte dos funcionários do setor privado. Com a baixa adesão, foram reencaminhados para garantir que o trabalho seja consistente.
O projeto é liderado pelas professoras Ana Claudia Zampieri e Cássia Ferrazza Alves, do Centro Universitário da Serra Gaúcha - FSG. De acordo com Ana, o questionário leva em torno de 20 minutos para ser respondido. O projeto busca identificar sinais de estresse, ansiedade e depressão entre esses trabalhadores. Ela faz um pedido pela colaboração dos trabalhadores do setor:
— (A participação é importante) para trazer informações sobre como os profissionais da saúde que estão vivenciando a pandemia e pensar estratégias ou intervenções voltadas à saúde do trabalhador — explica Ana, que é coordenadora do curso de Psicologia da FSG.
O questionário é voltado não apenas a profissionais com formação na área da saúde, mas também trabalhadores que atuam em serviços como higienização, segurança, transporte e cozinha. .