Ilustrada
A empresária Lisiane Fenner Becker Rombaldi, a médica Tricologista Marina Elisa Rombaldi Mezzomo e as especialistas em transplante capilar, Bruna Andres e Franciele de Almeida Pilati, comemoraram, domingo, o primeiro aniversário da Clínica Stërah. O projeto, que nasceu com um planejamento estratégico fundamentado em visão de futuro voltado para o mercado internacional, se destaca no setor na Serra gaúcha, também com uma linha de medicosméticos autorais, que deve incrementar a rotina de beleza do grupo de adesão. Para marcar a data, a estrategista de comunicação da Revista NOI, a jornalista Caroline Pierosan, dedicou atenção ao time diretivo da clínica com matéria revelando o talento das profissionais e o feito celebrado.
Estrutural
O arquiteto e professor Ricardo Bosi lidera a Semana Acadêmica Uniftec, que se encerrará amanhã. Hoje, às 19h30min, o verbo fica por conta de Alfredo Ferne, formado em Projeto Mecânico pelo Instituto Técnico Industrial de Bologna, na Itália, e sócio-fundador do escritório de design e comunicação FARNE’. Ele discorrerá sobre “A importância das relações psico emocionais e as memórias afetivas nas vivências de espaços e ambientes arquitetônicos”. Já na sexta-feira, dia 18, no mesmo horário, o designer de moda Walter Rodrigues palestrará sobre o tema “Arquitetura e Moda – Um recorte sobre o bem estar”.
Modo Avião
O casal vice-presidente social do Recreio da Juventude, Marcelo Nora e Michele Susin Nora, faz contagem regressiva para retornar a terrinha natal com os filhos, Amanda e Lucas Susin Nora. Após uma temporada de estudos, em Orlando, nos Estados Unidos, a família programa o retorno para o dia 26, quando irá debruçar-se sobre a agenda social do clube.
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Na ponta das agulhas: uma redescoberta!
Angie Finkler é um modelo de superação, com mestrado em Criminologia Forense no currículo, atuava como professora de Direito Penal e Criminologia, na FSG e coordenava dois projetos de remissão pela leitura nas casas prisionais de Caxias do Sul. Em 2016, promoveu uma particular mudança na vida pessoal que por extensão, abarcou também seu dedicado e conceitual trabalho. Hoje, aos 41 anos, ela é uma persona realizada no fazer manual. Há dois anos, transformou seu labor em uma marca de tricô na qual empresta não apenas o nome, mas também muita imaginação para dar significado ao resultado final. Dona de uma identidade repleta de delicadeza, a encantadora mulher do fotógrafo Rafael Sartor Lara tece os novos dias entrelaçando seu autoconhecimento com muita criatividade. Conheça um pouco mais do que passa pelas mãos e do que vai na alma de Angie, uma taurina que agora causa como artesã.
Que conexão lúdica faz com a sua infância? Brincar de bonecas sempre foi meu passatempo preferido quando pequena. O tricô, tanto pelas mãos da minha mãe, Antonia Finkler, como minha madrinha, Mari Célia De David, também estava presente. Todas as minhas bonecas, sem exceção, ganhavam roupinhas tricotadas nos invernos. E eu amava isso.
Qual a passagem mais importante da tua biografia e que título teria se fosse publicada? Em 2016 iniciei uma transição muito grande em minha vida pessoal, e como não poderia ser diferente, atingiu também meu lado profissional. Enfrentei um período à deriva, sem saber o que queria. Precisei me reinventar, busquei profundamente o autoconhecimento, me aproximei mais de Deus e assumi de vez a paixão pela moda e pelo tricô. Acho que fiz do limão, uma limonada. A mudança não vem sendo um caminho fácil, mas, sem dúvida, é o mais bonito que percorri na vida adulta. Um bom título seria “Em Busca da Felicidade”.
Se pudesse voltar à vida na pele de outra pessoa, quem seria? Da estilista francesa, fundadora da grife Chanel, Gabrielle Bonheur Chanel, a Coco Chanel.
Qual é a sua história com a moda, como começou e por que decidiu seguir por esse caminho? Sempre gostei de acompanhar tendências, pesquisar, ver filmes e documentários sobre o assunto. Só que por lazer, meus estudos haviam sido voltados à minha área de formação. Há dois anos, o tricô entrou 100% em minha vida, e desde então decidi seguir pelo caminho que hoje me completa e me faz feliz.
Quais são as suas referências na área? Cris Bertolucci, Anne Galante, Elisa Atheniense, Bia Verdi, Siempre Oveja, entre outras muitas.
O que é ter estilo? É ser autêntico e educado.
Um look inesquecível da vida? Meu vestido de formatura. Preto básico em seda, uso até hoje.
Como funciona o seu processo criativo, desde a pesquisa até a concepção dos modelos? Gosto de stalkear no Instagram e no Pinterest, pesquisar tendências, fios, cores e texturas. Quando coloco os pontos na agulha, gosto de pensar qual sentimento aquela peça vai despertar, carinho, aconchego, sedução, paixão, enfim, vislumbro o papel daquela peça, o que ela representa. A confecção do tricô em geral leva dias, e eu gosto de tricotar com liberdade de pontos e desprendida de um modelo “pronto”. Deixo rolar e vou seguindo minha imaginação. Aos poucos a peça vai tomando forma, e se transformando no que minha mente idealizou.
Busca estabelecer relações no seu trabalho com outras áreas, como design, arquitetura, arte? Sempre. Nossas peças estão totalmente conectadas com este meio, minha linha home décor está presente em vários projetos de designers e arquitetos . O feito à mão é muito valorizado pelos profissionais destas áreas.
De que maneira acha que o cenário atual está afetando o mercado da moda, e como isso vai impactar no futuro? Dentre várias coisas ruins, acredito que a pandemia nos trouxe também a chance positiva de reavaliarmos o que consideramos realmente necessário. E no cenário da moda não foi diferente. O consumo está mudando, não digo apenas na forma, digo nos valores, nas necessidades. Em minha opinião, as marcas precisam ser transparentes, entender a mudança e ter empatia com seus consumidores. O futuro, acredito, será de marcas mais humanas, mais confortáveis, que visem de verdade o bem estar do cliente e entendam todas essas mudanças como algo extremamente positivo para a humanidade em geral.
Quais os seus trabalhos ou projetos preferidos? Qual o motivo? A primeira almofada que fiz. Foi minha “estreia” profissional no tricô e o fechamento feito com botões, que pertenceram a minha falecida avó, Maria Guilhermina Finkler. Tenho ela em nossa sala, e essa não vendo jamais.
Como lidar com bloqueios e se manter criativa? Respeito o momento e busco outras coisas para fazer. Procuro “desligar”. A meditação e o contato com a natureza me ajudam muito no processo criativo.
Acredita que o profissional de moda está mais preparado para desenvolver trabalhos voltados à coletividade? Terá que estar, não é? Não há como enfrentar tudo o que estamos passando e seguir pensando no individual. Pensar e se voltar ao coletivo é essencial.
Como enxerga a cena de moda autoral no Brasil? Vejo de forma bastante positiva, acredito que a valorização tanto do autoral quanto do feito à mão vieram para ficar. Não penso que todo esse movimento seja apenas modismo.
Qual a importância da sustentabilidade nesse meio? Imensa. Falar de sustentabilidade também é falar de um consumo consciente, saber quem fez a roupa, quais as condições de trabalho, qual material utilizou, de que forma foi feita, tudo. Estar atento à isso é estar conectado ao mundo que vivemos, é estar preocupado em consumir certo e não consumir por consumir. Ao meu ver, quando falamos de moda sustentável, estamos falando de slow fashion, de uma moda diferente do que estávamos acostumados. A moda hoje não é ter, é ser.
O que significa fazer moda e como isso reflete na sua vida? Me sinto muito honrada quando vejo alguém vestindo minhas peças. Fazer moda significa fazer parte da vida da pessoa, por escolha dela. Acho uma grande responsabilidade. A roupa traduz muito sobre nós, sobre a nossa casa, e vestir um feito à mão, não apenas fala de si, mas de valores e de sentimentos. Essa responsabilidade faz com que eu, cada vez mais, busque me autoconhecer. Tenho a obrigação de ser verdadeira com minhas criações, com o que vendo e o porquê das pessoas comprarem um tricô Angie Finkler.
A era digital vem beneficiando a moda de diversas formas, tornando-a cada vez mais acessível. Quais os pontos positivos e negativos de fazer moda em uma era em que quase tudo gira em torno da internet? Sem dúvida a internet hoje é a maior aliada, seja para divulgação, seja para pesquisa. Em especial agora durante a pandemia, se não fosse o comércio online muitas marcas teriam quebrado. Mas acho que nada substitui o toque, o presencial, o olho no olho.
Um hábito que não abre mão? Meditar.
Quais são os seus planos para o futuro? Profissionalmente, desejo expandir a marca aliando um propósito social, sinto muita falta disso. Pessoalmente, quero seguir no caminho do autoconhecimento, buscando sempre o meu melhor, procurando de toda forma evoluir como ser humano.
A melhor invenção da humanidade? Ar-condicionado.
Quais músicas não saem da sua playlist? O Silêncio, de Beethoven; Lemon, da banda de rock U2; a cantora Lianne Las Havas; o sanscrito Markandeya; sou absurdamente eclética.
Um filme para assistir inúmeras vezes: o documentário Eu Maior, dos diretores Fernando e Paulo Schultz.
Gostaria de ter sabido antes... educação financeira.
Uma qualidade: lealdade.
Uma palavra-chave: fé.
Reflexão de cabeceira? Conversando com Deus.