Sucesso
Para comemorar os sete anos de atuação da Duo Studio, uma das agências de marketing de maior expressão do Rio Grande do Sul, os irmãos e sócios João Brognoli e Luís Otávio Brognoli arregimentaram o time de colaboradores e clientes para a live solidária DuoBurger, realizada no último sábado, com apresentação de Duda Juliani. A produtora criativa da empresa conduziu entrevistas com os colaboradores e interagiu com o público durante o evento online que contou com lanche, comercializado em prol da causa e preparado sob a batuta da equipe do restaurateur César Mincatto. A função movimentou a sede da agência, no bairro São Pelegrino. Superando a meta inicial, dez toneladas de alimentos foram arrecadados a partir da venda online de hambúrgueres e vouchers de doação, destinados ao projeto filantrópico Plantando o Bem, representado na ocasião por Marcio Mezzalira de Lima, que foi na companhia da namorada, Leoneide Frizzo. A entidade assistencial integra uma rede de voluntários que atua nas comunidades carentes de Caxias do Sul. Foram sete horas de transmissão ao vivo, com shows musicais e entrevistas sobre o crescimento da Duo Studio e as figuras que fizeram parte da trajetória da empresa.
Atmosfera
A elegante Regina Bellini está a postos durante todo o mês para receber as doações antecipadas do projeto Fashion Film, inédita proposta audiovisual totalmente online que apresentará a coleção Primavera Verão 2020/2021, no dia 6 de outubro, às 20h, no seu canal do Youtube. Com visitas pré-agendadas, a equipe de Regina promoverá a venda de vouchers e camisetas exclusivas da campanha, até o dia da live. A transmissão mostrará as imagens das modelos em desfile ambientado no Condomínio Monterey, com a participação de 30 personalidades que exibirão looks de grifes brasileiras que valorizam o comfort wear. Durante a live, por meio de um QR Code, o público poderá contribuir com valores que serão revertidos em alimentos para a Pastoral Apoio ao Toxicômano Nova Aurora, ao Centro Assistencial Vitoria e às Senhoras da Comunidade Cristo Operário.
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De A a Z, no dicionário de Juventino Dal Bó, autenticidade é tudo!
Juventino Dal Bó, natural de Bom Jesus, aquariano, professor, historiador, museólogo, artista visual e escritor. Filho de Guerino Dal Bó e Loiza Oliboni (in memoriam). Publicou alguns trabalhos acadêmicos e um livro para crianças “O Segredo dos Baús” em parceria com a amiga Tadiane Tronca. Organizou e publicou, no início deste ano, “Grafias do Obscuro - estênceis de Marcos Vinícius Cruz” sobre a obra de seu companheiro, falecido em 2017. Atualmente, protegendo-se da pandemia, organiza um livro de poemas e colagens que será publicado brevemente para celebrar o fim destes meses de resguardo, conta ele. Incursione pelo universo criativo do dicionário particular deste homem das artes!
A de Amizade: viver sem amigos é pior do que atravessar o deserto sem encontrar um oásis. Amigos são a família que elegemos - é um lugar comum, mas é verdadeiro. Os amigos tornam a caminhada mais prazerosa.
B de Belas Artes: uma denominação antiga para designar o fazer humano inspirado pelas musas, pela criatividade. Viver sem apreciar as belas artes é de uma indigência assustadora. Tudo me interessa: música, escultura, arquitetura, pintura, literatura, dança, teatro.
C de Cumplicidade: um complemento do amor: a vida a dois só é plena se a cumplicidade estiver presente. Ela permite que possamos falar com o olhar.
D de Domesticidade: algumas pessoas acham a vida doméstica um porre. Eu adoro, sempre gostei. Gosto de decorar a casa, da arrumar os ambientes, de limpar, de cozinhar, de receber amigos. É meu porto seguro, meu abrigo.
E de Educação: sou um professor. Acredito seriamente que a única chance de mudança que temos, como nação, é através da educação. Mas também tenho sempre presente uma máxima de Oscar Wilde: nada do que vale a pena saber pode ser ensinado.
F de Felicidade: sua busca deveria ser o ideal de todos os homens. Não, não é uma utopia. É difícil de acreditar, mas ela existe.
G de Garimpo: tenho verdadeira paixão por garimpar em feiras e lojas de antiguidades. Em todas as cidades que visito, procuro as feiras: do Bixiga, em São Paulo; da Ladra, em Lisboa; Tristan Narvaja, em Montevideo, e; é claro, o Brique da Redenção, em Porto Alegre. Fotografias, álbuns, vasos, talheres, copos, panos, canivetes, santos, medalhas, não canso de admirar formas, cores, histórias.
H de História: minha profissão - estudei e trabalhei na UCS e em diversas outras instituições de ensino, é minha contribuição para a sociedade: hoje tenho o maior orgulho de ver meus alunos lutando por um Brasil melhor. Alguns deles são meus amigos no Face: “vamos lá gurizada, este país é nosso!”
I de Infância: acredito que os primeiros anos de nossa vida nos marcam para sempre. Não tratamos adequadamente as nossas crianças, pecamos pela falta ou pelo excesso. Eu tive uma infância magnífica, de “menino de engenho”, cheia de amigos, rios, animais, brincadeiras, esconderijos e de obrigações também.
J de Jardim: gostaria que todos pudessem cuidar de seu jardim. Eu tenho um, ele me ajuda quando estou triste ou preocupado: planto, irrigo, mudo. Gosto de copos de leite, costelas de Adão, jasmins, espadas de São Jorge.
K de Kaváfis Konstantinos (1863-1933): um dos meus poetas favoritos. Nascido em Alexandria, não tem uma obra extensa; cada poema é uma viagem na beleza, na erudição e na sensualidade: “Lembra, corpo.”
L de Literatura: tenho pena de quem não curte. Nada é mais importante para mim do que a literatura. Me acompanha a vida inteira, permeia tudo. Através dela já viajei para todos os continentes, já ri e chorei: fui um cristão na Roma dos Césares, segui os exércitos de Alexandre, vivi num prostíbulo no Chile, andei por Macondo, morei em Paris, em Nova York, em Dublin. Vivi na era vitoriana, caminhei com o amor e a morte por mares e desertos sob este céu que nos protege.
M de Música: como é possível viver sem ela? Como não se encantar com sua diversidade? Desde o “Concerto de Aranjuez” de Joaquim Rodrigo, passando pela voz rouca da minha musa mexicana Chavela Vargas até o insólito magnífico do grupo Dead Can Dance.
N de Nostalgia: todos os descendentes de imigrantes sofrem deste mal, mesmo sem saber. É a saudade da pátria perdida. Meu avô amaldiçoava os que o obrigaram a deixá-la. “O mia patria, sì bella e perduta” cantava ele chorando quando ouvia “Vá pensiero” de Giuseppe Verdi.
O de Olhar: que mundos se descortinam se você apende a olhar! Não é nada simples, requer treinamento, dedicação, habilidade. Mas saber olhar também é uma arte.
P de Poder: esta palavra me acompanha porque está sempre sendo questionada na minha mente e em meu coração. Sobre ela quero citar os versos de Ivan Junqueira, poeta recentemente falecido: “Poder, riqueza, honrarias/ São como a areia dos rios:/ Retinem, fluem, cintilam/ e se esvaem, sem valia”.
Q de Quarentena: uma palavra do momento. Aproveitei esta reclusão para descartar ou recolocar o que fui acumulando pelo caminho: jornais, agendas, vinis, cartas, DVDs, CDs, livros técnicos, documentos.
R de Roxo: a mistura do azul com o vermelho é minha cor preferida, a que leva minha essência. Mas 80% da minha roupa é preta.
S de Solidariedade: de todos os valores que o homem cultiva este é o que me move e me comove. Enxergar o outro e ter respeito pela dignidade humana nestes tempos executivos e corridos é elogiável.
T de Trabalho: aprendi cedo que se deve trabalhar sempre com o que se ama, com o que se elege. Eu elegi trabalhar com a memória e sua preservação. Passei grande parte da minha vida em museus e arquivos. Esta atividade “casou” muito bem com a história e o magistério.
U de Urbe: as grandes cidades são fascinantes. Eu sou, na medula, um ser urbano. Quem não gosta de percorrer cidades desconhecidas descobrindo prédios, portas, janelas, cafés, jardins e pessoas? Além disso, gosto do anonimato que as metrópoles possibilitam.
V de Velhice: ela chega! Acho que o segredo para aceitar esta última etapa da vida é viver com plenitude, ir até o limite com tudo o que você faz. “Não te arrependas do que não fizestes” é o meu lema. O que você ainda vê no horizonte?
W de Wind: porque eu queria, aqui, com este w que parece um sopro, falar do vento. “Às vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido” disse Fernando Pessoa. Que maravilha é o vento!
X de Xis da questão: como falar da vida sem falar em sexo? É uma das forças que movem a humanidade. Eu acredito que é necessário que as pessoas estejam resolvidas sexualmente para viverem com alguma leveza.
Y de Yin/Yang: conceito do taoísmo das forças opostas, antagônicas e complementares: masculino/feminino, dia/noite, água/fogo, positivo/negativo, horizontal/vertical.
Z de Zinabre: é preciso removê-lo dos metais e dos homens. Autenticidade é tudo.