A partir do mês de outubro, as duas maiores entidades representativas do setor moveleiro no Estado, a Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul (Movergs) e o Sindicato das Indústrias do Mobiliário de Bento Gonçalves (Sindmóveis), ambos com sede em Bento Gonçalves, unificarão suas administrações.
Nos últimos cinco anos, as entidades estreitaram seus laços, especialmente após a inauguração do novo Centro Empresarial (CIC) de Bento Gonçalves, em 2017. As duas entidades já ocupavam o mesmo prédio. A estrutura física vai ser concentrada na sede do Sindmóveis e, com a união das duas equipes, a equipe técnica ficará com 15 pessoas e comandará, entre outras ações, a Movelsul e a Fimma.
A fusão administrativa foi decidida pelas diretorias e conselhos da Movergs e Sindmóveis, atualmente presididos pelos empresários Rogério Francio e Vinicius Benini, e leva em conta a necessidade de otimizar os recursos humanos e financeiros das entidades.
Os números do setor
O polo moveleiro de Bento Gonçalves, no faturamento acumulado de janeiro a julho de 2020, alcançou R$ 1,1 bilhão. Os dados levantados pela Inteligência Comercial do Sindmóveis incluem os números de cerca de 300 empresas do entorno. O cenário é considerado de estabilidade, com crescimento nominal de 0,3% em relação ao mesmo período de 2019.
A produção de móveis cresceu 41% só em julho, em relação ao mês anterior, segundo a Associação das Indústrias de Móveis do Estado (Movergs) que destaca que o setor está se reerguendo.
Faltam insumos
Com a retomada gradual da produção moveleira, somam-se às dificuldades do setor os atrasos no abastecimento de insumos e os altos custos das matérias-primas. Além do fornecimento de chapas, a indústria de móveis depende de componentes como ferragens e hardware, tintas e vernizes, revestimentos, adesivos e colas, papel, papelão, embalagens, ferramentas e serras e outros insumos de madeira.