As autoridades do Hamas anunciaram que um jornalista palestino morreu nesta segunda-feira (7) e outros nove ficaram feridos em um bombardeio israelense em Gaza, enquanto o Exército afirmou ter atacado um "terrorista" que se fazia passar por jornalista.
A Defesa Civil da Faixa de Gaza reportou pelo menos 12 mortos por bombardeios israelenses em todo o território palestino, onde há exatamente 18 meses, em 7 de outubro de 2023, começou a guerra desencadeada pelo ataque do Hamas em Israel.
Segundo o serviço de imprensa do governo de Gaza, território governado pelo Hamas, um jornalista que trabalhava para uma agência de notícias local, Hilmi al Faqaawi, morreu em um bombardeio em Khan Yunis, no sul.
Outro jornalista, identificado como Hassan Aslih, ficou ferido, assim como oito de seus companheiros, segundo essa fonte.
O porta-voz da Defesa Civil, Mahmud Basal, afirmou que duas pessoas morreram em um ataque contra uma barraca de campanha utilizada por jornalistas perto do hospital Nasser de Khan Yunis, sem revelar sua identidade.
O Exército israelense indicou que havia "atacado um terrorista que participou do massacre de 7 de outubro", a quem identificou como Hassan Abdel Fattah Mohammed Aslih, "que atuava encoberto como jornalista e dirigente de uma empresa de mídia".
O comunicado não revelou se o homem morreu ou ficou ferido. O Ministério das Relações Exteriores da Autoridade Palestina, com sede na Cisjordânica ocupada, afirmou que a morte de al Faqaawi "faz parte de uma série de crimes dirigidos contra jornalistas, em uma tentativa sistemática de silenciar as vozes palestinas e apagar a verdade".
O Centro Palestino para a Proteção dos Jornalistas também condenou o ataque e declarou que "atacar deliberadamente jornalistas constitui um crime de guerra".
Outras sete pessoas morreram em um bombardeio contra três casas em Deir al Balah, no centro de Gaza, e três outras em um ataque contra "um grupo de civis" na Cidade de Gaza, no norte, segundo Mahmud Basal.
* AFP
