Combatentes islamistas radicais do grupo Al Shabab dispararam vários morteiros perto do aeroporto de Mogadíscio na manhã deste domingo (6), interrompendo os voos internacionais para a Somália, informou uma autoridade de segurança à AFP.
O ataque ocorreu semanas após a explosão de uma bomba caseira, reivindicada pelo Al Shabab, que quase atingiu o comboio do presidente Hassan Sheikh Mohamud.
Segundo fontes de segurança, os morteiros foram disparados dos arredores de Mogadíscio e caíram em uma área aberta do aeroporto internacional Aden Adde.
As autoridades ainda não fizeram nenhum comentário.
"Dois ou três morteiros atingiram uma área aberta do aeroporto esta manhã cedo", declarou à AFP uma fonte de segurança, que pediu anonimato.
Um avião turco que deveria pousar foi desviado para Djibouti, indicou um funcionário do aeroporto, também sob anonimato. Acrescentou que foi informado de que a EgyptAir havia cancelado seu voo para o dia.
O campo Halane, um complexo altamente fortificado que abriga a sede das Nações Unidas, agências humanitárias, missões estrangeiras e a sede da Missão de Apoio e Estabilização da União Africana na Somália (AUSSOM, que substituiu em janeiro a missão ATMIS), também foi alvo do ataque, segundo o porta-voz da missão, tenente-coronel Said Mwachinalo.
"Houve bombardeios. Nossa equipe está atualmente no terreno para fazer uma avaliação", disse à AFP.
A AUSSOM condenou o ataque contra sua base, afirmando que não "comprometeria seu compromisso de apoiar a Somália na luta contra o terrorismo".
Até o momento, não houve relatos de feridos e algumas operações no aeroporto parecem continuar, detalhou uma fonte de segurança.
* AFP