A Comissão Europeia, braço Executivo da UE, tenta reformular seu ambicioso plano de fortalecimento da defesa, abandonando a ideia de "rearmar" e, em vez disso, usando a noção de "preparação".
O enorme plano, com o qual a UE espera mobilizar até 800 bilhões de euros (US$ 866 bilhões ou R$ 4,9 trilhões) ao longo de cerca de cinco anos, foi lançado sob o nome de "Rearmar a Europa", mas a Comissão admitiu nesta sexta-feira que essa nomenclatura poderia afetar sensibilidades.
O espanhol Pedro Sánchez e a italiana Giorgia Meloni são dois dos líderes da UE que criticaram a escolha da palavra "rearmar" para o programa.
"Não gosto nem um pouco do termo 'rearmar'. Não concordo com esse termo. Acho que precisamos falar de forma diferente (...) quando falamos sobre melhorar as capacidades de segurança e defesa europeias", disse Sánchez na quinta-feira em Bruxelas.
De sua parte, Meloni disse ao Senado de seu país esta semana que acreditava que o nome "Rearmar a Europa" era "enganoso para os cidadãos".
Portanto, o enorme plano seria apresentado como 'Preparação 2030'.
"Entendemos que o nome pode despertar algumas sensibilidades em alguns Estados-membros, então é algo que estamos, é claro, ouvindo", disse a porta-voz da Comissão, Paula Pinho, nesta sexta-feira.
"Se isso dificulta a transmissão da mensagem (...) da necessidade de tomar essas medidas, é claro que estamos preparados não apenas para ouvir, mas também para refletir isso na maneira como nos comunicamos", acrescentou.
* AFP