A diplomacia russa tachou, nesta quinta-feira (6), a ideia de um cessar-fogo temporário na Ucrânia de "absolutamente inaceitável", considerando que isso não colocaria fim ao conflito de mais de três anos.
"São necessários acordos firmes e uma solução definitiva", disse a porta-voz da chancelaria russa, Maria Zakharova, segundo a qual qualquer pausa curta é "absolutamente inaceitável, porque levaria exatamente ao resultado contrário".
O presidente da França, Emmanuel Macron, pôs no domingo sobre a mesa uma proposta de trégua de um mês "no ar, no mar e nas infraestruturas energéticas"
Seu contraparte ucraniano, Volodimir Zelensky, também propôs na terça-feira, como um primeiro passo para o fim da guerra, a libertação dos prisioneiros e uma trégua no ar e no mar.
A porta-voz russa estimou que com isso, a outra parte busca obter um "respiro" para o Exército ucraniano, que atravessa uma situação delicada na frente de batalha.
Segundo ela, a Ucrânia utilizaria essa pausa para "reforçar suas capacidades militares". "Nesse cenário, o conflito voltará a eclodir inevitavelmente", assegurou em uma sessão informativa.
Moscou já havia rejeitado no passado a ideia de uma trégua que permitiria às tropas ucranianas, menos numerosas e pior equipadas, se reforçarem.
Zelensky e seu contraparte russo, Vladimir Putin, afirmaram diversas vezes que estão dispostos a realizar negociações de paz, desde que se cumpram certas condições, mas nada se materializou e suas posturas seguem sendo opostas.
O presidente dos EUA, Donald Trump, pede um cessar-fogo imediato. A nova administração americana deu as costas para seu aliado ucraniano para tentar negociar com Moscou.
Na segunda-feira, Trump congelou a ajuda militar que seu país proporcionava a Kiev.
* AFP