O movimento islamista Hamas não deve desempenhar "nenhum papel" em Gaza no futuro, segundo o plano apresentado pelos líderes árabes para o território palestino, afirmaram nesta quarta-feira (5) vários países europeus, entre eles a França, após reunião privada do Conselho de Segurança da ONU.
"Para nós está claro que o futuro plano não deve oferecer nenhum papel ao Hamas, deve garantir a segurança de Israel [e] não deve remover os palestinos de Gaza", declarou à imprensa Jay Dharmadhikari, encarregado de negócios da diplomacia francesa nas Nações Unidas, em declaração em nome de França, Dinamarca, Grécia, Eslovênia e Reino Unido.
O plano "deve apoiar a unidade da Cisjordânia [ocupada] e da Faixa de Gaza sob o mandato da Autoridade Palestina", acrescentou.
Na terça-feira, os líderes árabes adotaram um plano para a reconstrução da Faixa de Gaza e a volta da Autoridade Palestina ao território. Foi apresentado como alternativa ao projeto do presidente republicano Donald Trump, que pretende que o território fique sob controle americano e que a população emigre para outros países.
Os Estados da Liga Árabe, reunidos no Cairo, pediram que os palestinos se unam sob o guarda-chuva da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), excluindo de fato o Hamas, que não é membro desta.
A França e os outros quatro países instaram Israel a permitir a entrada "incondicional e maciça de ajuda humanitária" em Gaza, depois que Israel anunciou no domingo que a impediria após a falta de acordo com o Hamas sobre como prosseguir com o frágil cessar-fogo em vigor desde 19 de janeiro, depois de 15 meses de guerra.
* AFP