O governo mexicano afirmou, nesta sexta-feira (28), que continua em diálogo com os Estados Unidos para evitar qualquer impacto das tarifas de 25% anunciadas pelo presidente Donald Trump sobre os automóveis de fabricação estrangeira.
A imposição de taxas alfandegárias seria um golpe significativo para o México, que abriga fábricas de grandes montadoras globais, como Ford, General Motors, Toyota e Volkswagen.
"Nessas conversas em andamento, o que buscamos é o melhor acordo possível para que o emprego em nosso país não seja afetado. Estamos engajados nesse diálogo", disse a presidente, Claudia Sheinbaum, durante sua coletiva de imprensa matinal.
O México se tornou um grande produtor de automóveis graças ao acordo de livre comércio T-MEC com os Estados Unidos e o Canadá. Sheinbaum acrescentou que sua administração busca "fortalecer este acordo comercial".
"É a ferramenta que permite à América do Norte competir com outras regiões do mundo, particularmente a China", afirmou.
A presidente reiterou que seu governo dará uma resposta abrangente após 2 de abril às diversas medidas anunciadas pelo governo Trump.
Nessa data, espera-se que Washington imponha as tarifas recíprocas, ou seja, impostos iguais aos países que aplicam tarifas às exportações dos EUA.
Na quinta-feira, o governo mexicano disse que buscaria "tratamento preferencial" para reduzir o impacto das tarifas na economia mexicana, que é fortemente dependente dos Estados Unidos e destino de mais de 80% de suas exportações.
* AFP