A China anunciou, neste domingo (9), que fortalecerá o uso de inteligência artificial (IA) nas áreas de cuidados com idosos e assistência social.
"Aceleraremos o desenvolvimento e a implementação de novas tecnologias e novos produtos, como big data e inteligência artificial, nas áreas de assistência social" para idosos e pessoas com deficiência, disse Lu Zhiyuan, ministro de Assuntos Sociais, em uma entrevista coletiva.
A medida visa tornar esses serviços "mais práticos, mais acessíveis e mais padronizados", disse ele, coincidindo com o início em Pequim do principal evento político anual, as "Duas Sessões", reuniões parlamentares que reúnem milhares de delegados.
A população da China deverá diminuir pelo terceiro ano consecutivo em 2024, o que representará sérios problemas para a economia, o sistema de saúde e a proteção social, com um número crescente de idosos e um declínio acentuado nos nascimentos.
Mais de 310 milhões de chineses têm mais de 60 anos, em uma população de mais de 1,4 bilhão.
Para contra-atacar a redução da força de trabalho, o governo busca transformar novas tecnologias no motor do seu futuro crescimento econômico.
O lançamento em janeiro do modelo de IA da empresa chinesa DeepSeek é um exemplo marcante e, desde então, os governos locais se apressaram em equipar seus serviços com esta nova ferramenta.
O modelo de desenvolvimento barato superou muitos de seus rivais ocidentais, apesar das restrições dos EUA às empresas chinesas para produzir os chips mais avançados.
O presidente chinês, Xi Jinping, organizou uma cúpula do setor privado em fevereiro, reunindo vários executivos de tecnologia e IA, pedindo que "mostrassem seus talentos".
Liang Wenfeng, fundador da DeepSeek, compareceu junto com outros representantes de pesos pesados como Tencent, Huawei e Xiaomi.
* AFP