O Banco Central Europeu (BCE) cortou, nesta quinta-feira (6), sua principal taxa de juros em 25 pontos-base, para 2,5%, tendo em vista que "o processo de desinflação continua avançando" na zona do euro.
Apesar desta flexibilização das taxas de juros, a política monetária do BCE nunca foi tão incerta, em um contexto de guerras comerciais com os Estados Unidos e de um aumento esperado nos gastos com defesa na Europa.
Ao reduzir sua principal taxa de juros de referência, a instituição sediada em Frankfurt mostra sua confiança no retorno gradual da inflação à meta de 2%.
A taxa de depósito, que serve de referência para a concessão de créditos na economia real, passou de 2,75% para 2,50%.
Este é o sexto corte das taxas de juros desde junho.
As taxas de juros atingiram o pico em setembro de 2023, em um contexto de alta inflação devido ao aumento dos preços da energia e à recuperação pós-covid.
"A política monetária agora adota uma postura consideravelmente menos restritiva", disse a instituição em um comunicado.
Mas a perspectiva econômica está mais incerta do que nunca.
A decisão do futuro governo alemão de aumentar a dívida pública para o gasto com armamento já provocou o aumento das taxas de juros da maior economia da Europa.
Soma-se a isso uma possível guerra comercial com os Estados Unidos, que ameaça a Europa com uma recessão.
* AFP