O presidente Donald Trump afirmou nesta quinta-feira (13) que a anexação do território autônomo dinamarquês da Groenlândia pelos Estados Unidos "acontecerá" e, segundo ele, beneficiará a "segurança internacional".
"Acho que acontecerá", declarou Trump na Casa Branca, ao lado do secretário-geral da Otan, Mark Rutte. "Precisamos disso para a segurança internacional", acrescentou.
Ele apontou para Rutte e sugeriu que o chefe da Otan poderia ter um papel "muito decisivo" para que isso se concretizasse.
"Sabe, Mark, precisamos disso para a segurança internacional (...) temos muitos dos nossos atores favoritos rondando a costa e devemos ser cautelosos", disse, aparentemente referindo-se ao crescente interesse da China e da Rússia pela região ártica.
As ameaças de Trump de tomar posse da ilha ártica, rica em recursos, geraram preocupações, especialmente porque ele já havia se recusado a descartar o uso da força para "conquistar a Groenlândia".
Há alguns dias, a Groenlândia realizou eleições. Todos os partidos políticos e a maioria dos 57 mil habitantes da ilha apoiam a independência, embora haja divergências quanto à velocidade do processo.
Rutte afirmou que não se envolveria em nenhuma questão relacionada à incorporação da Groenlândia aos Estados Unidos.
"Não quero envolver a Otan nisso", disse.
No entanto, "no que diz respeito ao extremo norte e ao Ártico, você tem toda razão", afirmou Rutte. "Os chineses utilizam essas rotas. Sabemos que os russos estão se rearmando. Sabemos que não temos quebra-gelos suficientes", explicou.
"Portanto, o fato de que os sete países árticos, com exceção da Rússia, colaborem sob a liderança dos Estados Unidos é fundamental para garantir a segurança dessa região e dessa parte do mundo", declarou Rutte.
* AFP