O governo britânico anunciou nesta segunda-feira (24) um total de 107 novas sanções contra indivíduos e entidades da Rússia e de outros países, incluindo a China e a Coreia do Norte, acusados de "continuar a apoiar a invasão" da Ucrânia.
"A ação de hoje, a mais significativa em quase três anos, enfatiza o compromisso do Reino Unido com a Ucrânia", disse o ministro britânico das Relações Exteriores, David Lammy, na declaração que anunciou as sanções.
"Cada rota de suprimento militar interrompida, cada rublo bloqueado e cada colaborador da agressão do (presidente russo Vladimir) Putin exposto é um passo em direção a uma paz justa e duradoura", acrescentou David Lammy na declaração.
Entre as entidades sancionadas, anunciadas no terceiro aniversário do início da invasão da Ucrânia pela Rússia, estão empresas que produzem equipamentos, especialmente eletrônicos, usados pelas Forças Armadas russas.
Essas empresas estão sediadas em países como Turquia, Tailândia, Índia e China, de acordo com o texto do Ministério das Relações Exteriores britânico.
O governo britânico também sanciona o ministro da Defesa da Coreia do Norte, No Kwang Chol, e outros generais norte-coreanos como responsáveis pelo envio de "mais de 11 mil" soldados para lutar ao lado do Exército russo.
Cerca de 40 navios acusados de fazer parte da "frota fantasma" russa que transporta gás russo também estão na nova lista, elevando para 133 o número total de navios-tanque sujeitos às sanções do Reino Unido.
O pacote de sanções também tem como alvo os políticos russos e 14 "novos cleptocratas", incluindo o empresário e bilionário russo Roman Trotsenko.
Antes dessa nova onda de sanções, o Reino Unido já havia penalizado mais de 1.900 indivíduos e entidades em resposta ao lançamento da invasão russa na Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022.
A União Europeia (UE) também anunciou um pacote de sanções contra a Rússia nesta segunda-feira.
Os anúncios foram feitos após cerca de 30 líderes mundiais terem participado de uma cúpula em Kiev, pessoalmente ou por videoconferência, para reafirmar seu apoio à Ucrânia, em um momento em que o diálogo iniciado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, com Putin está gerando preocupações entre os aliados da Ucrânia.
* AFP