A Amazon quase duplicou seu lucro líquido para US$ 20 bilhões (R$ 115,7 bilhões) no quarto trimestre, impulsionado por um período de festas animado e uma forte demanda por seus serviços na nuvem, segundo o comunicado de resultados publicado nesta quinta-feira (6).
Desde as suas campanhas promocionais de outubro até o Natal e o Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos, a gigante do varejo on-line registrou vendas trimestrais de 187,8 bilhões de dólares (R$ 1,08 trilhão, na cotação atual).
Esta é provavelmente a primeira vez que a Amazon supera o Walmart em termos de receitas trimestrais: espera-se que a rede de hipermercados americana, que publicará seus resultados em 20 de fevereiro, registre receitas de 180 bilhões de dólares (R$ 1,04 trilhão) no mesmo período, segundo estimativas.
Andy Jassy, diretor-executivo do grupo, comemorou as vendas de fim de ano, "as mais bem-sucedidas já registradas pela Amazon", no comunicado desta quinta.
As receitas de seu negócio na nuvem, AWS, cresceram 19%, para 28,8 bilhões de dólares (R$ 166 bilhões), com um lucro operacional (indicador-chave de rentabilidade) de 10,6 bilhões de dólares (R$ 61 bilhões), quase metade do total do grupo americano.
Mas o mercado esperava uma aceleração do crescimento da computação na nuvem, enquanto a concorrência em inteligência artificial (IA) generativa ganhou uma nova dimensão com a chegada ao cenário americano da plataforma chinesa DeepSeek.
Contudo, a Amazon, a número um do mundo em computação na nuvem, está menos exposta à concorrência do DeepSeek: a AWS apenas introduziu seus próprios modelos generativos de IA (Amazon Nova) em dezembro de 2024, dois anos depois do lançamento do ChatGPT (OpenAI).
Eles estão apenas disponíveis para seus clientes empresariais, organizações e desenvolvedores, junto com outros modelos.
* AFP