Os militares ucranianos anunciaram nesta terça-feira (7) que estão realizando "operações de combate" na região russa de Kursk, atacando especificamente "um posto de comando militar", depois de retirar de sua declaração qualquer menção às "novas operações ofensivas" de que falaram inicialmente.
"Esse ataque é parte integrante das operações de combate das unidades das forças de defesa ucranianas, que estão conduzindo operações de combate no território da Federação Russa", disse o Estado-Maior ucraniano em uma declaração publicada em inglês no Telegram.
Minutos antes, uma primeira versão da declaração dizia que "as forças terrestres ucranianas iniciaram novas operações ofensivas" na região russa de Kursk, cuja formulação foi excluída.
No domingo, os militares russos haviam relatado uma nova ofensiva ucraniana na região de Kursk, onde a Ucrânia controla várias centenas de quilômetros quadrados desde agosto de 2024, apesar da resposta das tropas russas, apoiadas nessa área por soldados norte-coreanos, de acordo com Kiev e países ocidentais.
Em seu discurso diário na noite de segunda-feira, o presidente Volodimir Zelensky lembrou "a importância" de suas tropas manterem o Exército russo ocupado na região de Kursk, a fim de impedir que ele posicione todas as suas forças nas frentes leste e sul.
"Mantemos uma zona tampão no território russo, destruindo ativamente o potencial militar russo", disse ele.
Blogueiros militares russos, próximos ao Exército, também informaram desde domingo sobre esse novo ataque ucraniano.
O Exército ucraniano permaneceu em silêncio sobre o assunto.
"Não é minha área", disse o comandante das forças terrestres ucranianas, Mikhail Drapati, quando questionado sobre as alegações russas.
O Exército ucraniano não especificou em sua declaração nesta terça-feira se mísseis americanos (ATACMS) ou britânicos (Storm Shadow) foram usados em seu "ataque de alta precisão" a um posto de comando russo perto de Belaia.
* AFP