O ministro da Defesa ucraniano, Rustem Umerov, substituiu, nesta quinta-feira (8), o comandante-em-chefe do Exército, general Valery Zaluzhny, que reconheceu a necessidade de mudar a estratégia para enfrentar a Rússia depois de quase dois anos de guerra.
"Hoje foi tomada a decisão de mudar o comando das forças armadas ucranianas", escreveu Rustem Umerov, no Facebook.
Após sua demissão, o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, nomeou o general Oleksander Sirski, de 58 anos, como novo comandante-em-chefe das Forças Armadas.
A mudança é significativa e ocorre poucos dias antes do aniversário de dois anos da invasão russa da Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro de 2022.
No verão de 2023, a Ucrânia tentou recapturar os territórios ocupados pela Rússia no leste e no sul do país, mas não conseguiu repelir significativamente as forças russas.
Sirski é o "general mais experiente da Ucrânia", destacou o chefe de Estado, sublinhando que liderou a defesa de Kiev, a capital, quando começou a invasão russa.
O novo comandante-chefe também liderou a contraofensiva ucraniana lançada no outono de 2022, que libertou a região de Kharkiv, no nordeste do país.
O general demitido Zaluzhny, de 50 anos, reconheceu que para combater a Rússia, a estratégia da Ucrânia deve "mudar e se adaptar".
"Nosso combate continua e evolui a cada dia. As tarefas de 2022 são diferentes das de 2024. Portanto, cada um deve mudar e se adaptar às novas realidades. Para vencermos juntos", escreveu Zaluzhny no Telegram.
O general demitido reuniu-se com Zelensky, que o convidou a permanecer em sua "equipe".
"Conversamos sobre quais mudanças as Forças Armadas precisam. Também conversamos sobre quem poderia fazer parte de um comando renovado das Forças Armadas da Ucrânia", escreveu o presidente ucraniano na rede social X.
"O momento da renovação é agora. Propus ao general Zaluzhny permanecer na equipe", disse ele.
Zelensky insistiu então que o país precisava de um plano de combate "realista" para enfrentar as tropas russas em 2024.
O Ministério da Defesa russo afirmou nesta quinta-feira ter derrubado 12 mísseis lançados da Ucrânia sobre a região fronteiriça de Belgorod.
A área é regularmente alvo de Kiev em resposta aos bombardeios russos.
* AFP