O Exército de Guardiões da Revolução Islâmica do Irã informou ter lançado nesta terça-feira (16, noite de segunda no Brasil) mísseis contra alvos "terroristas" na Síria e no Iraque, matando pelo menos "quatro civis" no Curdistão iraquiano, segundo as autoridades desta região autônoma.
Os ataques foram dirigidos contra "um quartel-general de espionagem" e "uma congregação de grupos terroristas anti-iranianos" em Erbil, a capital do Curdistão iraquiano, informou a agência de notícias oficial do Irã, Irna.
O Conselho de Segurança do Curdistão iraquiano disse que a ação de Teerã matou "quatro civis e feriu outros seis".
Segundo a agência Irna, o quartel-general de espionagem pertencia ao serviço de inteligência israelense Mossad, que o utilizava como "centro para desenvolver operações de espionagem e planejar ações terroristas na região".
O Exército de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês) também atacou com mísseis balísticos "locais de reunião de comandos e elementos relacionados com os recentes ataques terroristas, em particular do EI [Estado Islâmico]" na Síria, garantiu a corporação em seu site informativo Sepah.
Essas ações foram uma "resposta aos crimes recentes de grupos terroristas que martirizaram injustamente um grupo de nossos queridos compatriotas em Kerman e Rask", acrescentou.
No último dia 3, homens-bomba acionaram seus explosivos na cidade de Kerman, perto do túmulo do general Qassem Soleimani, responsável pelas operações militares iranianas no Oriente Médio e assassinado pelos Estados Unidos no Iraque em 3 de janeiro de 2020. De autoria reivindicada pelo EI, o ataque matou cerca de 90 pessoas e deixou muitas outras feridas.
O Ministério de Inteligência do Irã disse que um dos agressores suicidas era um cidadão tadjique, mas assinalou que não conhecia a identidade do outro.
Em dezembro, pelo menos 11 policiais iranianos morreram em um ataque jihadista ao quartel de polícia de Rask, no sudeste da província de Sistão-Baluchistão.
* AFP