A companhia aérea indiana Akasa Air anunciou, nesta quinta-feira (18), uma encomenda de 150 aviões Boeing 737 MAX à fabricante americana, em apuros desde que a porta de um dos seus aviões se soltou em pleno voo, no início do mês.
A encomenda, descrita como "histórica" pelo CEO da empresa indiana, Vinay Dube, inclui o 737 MAX 10 e o 737 MAX 8-200.
Um Boeing de versão diferente, o 737 MAX 9, perdeu uma porta em pleno voo no dia 5 de janeiro nos Estados Unidos, provocando a suspensão da operação daquele modelo.
A encomenda foi um alívio para a Boeing, que está sob intenso escrutínio pelo acidente de janeiro e sob investigação da Agência de Aviação Civil dos EUA (FAA, na sigla de inglês) por possíveis falhas nos seus controles de qualidade.
Akasa, a mais nova companhia aérea da Índia, tem apoiado fortemente a Boeing, depois de adquirir 72 aeronaves em 2021 e mais quatro em 2023.
O pedido desta quinta-feira não inclui aeronaves do modelo MAX 9, que não é utilizado por nenhuma companhia aérea indiana.
A agência de aviação civil da Índia disse há duas semanas que a revisão do 737 MAX 8 foi satisfatória.
O ministro indiano da Aviação Civil, Jyotiraditya Scindia, elogiou a compra em uma mensagem na rede social X.
"Parabéns à Akasa Air pelo pedido histórico de 150 aeronaves Boeing 737 MAX", escreveu ele.
A companhia aérea "faz história ao se tornar a única companhia aérea indiana a fazer uma encomenda firme para mais de 200 aeronaves dentro de 17 meses, após o início das operações", acrescentou Scindia.
A Índia é, atualmente, o terceiro maior comprador de aeronaves do mundo, atrás da China e dos Estados Unidos, indicou o ministro.
A Akasa, que significa "céu" em sânscrito, apresenta-se como uma companhia aérea de custo muito baixo, com passagens mais baratas que as concorrentes.
A empresa fez seu primeiro voo em 2022.
* AFP