A Itália se retirou do controverso acordo com a China sobre as Novas Rotas da Seda, quatro anos depois de sua adesão à iniciativa, informou nesta quarta-feira (6) uma fonte do governo de Giorgia Meloni.
A decisão de abandonar o projeto faraônico de infraestruturas marítimas e terrestres lançado pela China em 2013 foi comunicada a Pequim há três dias, segundo o jornal Corriere della Sera.
Apesar da saída do acordo, a Itália pretende "manter abertas as vias de diálogo político", afirmou uma fonte governamental à AFP.
Em 2019, a Itália, sobrecarregada com o peso da sua dívida pública, tornou-se o único país do G7 (grupo das maiores potências mundiais) a participar no programa de grandes investimentos, que os críticos afirmam ser uma estratégia de Pequim para ganhar influência política.
Antes de chegar ao poder, no fim de 2022, Giorgia Meloni, de extrema-direita, afirmou que adesão havia sido um "grave erro".
O projeto, promovido pelo presidente chinês Xi Jinping, pretende melhorar as relações comerciais entre a Ásia, a Europa, a África e outras áreas com a construção de portos, ferrovias, aeroportos e parques industriais.
Pequim afirma que mais de 150 países participam no projeto, que foi criticado por muitas potências pelo endividamento que provoca em países pobres.
A adesão da Itália "não produziu os resultados que esperávamos", declarou em setembro o ministro italiano das Relações Exteriores, Antonio Tajani.
* AFP