Um grupo de insurgentes de minorias étnicas em Mianmar assumiu o controle de uma lucrativa passagem de fronteira que separa o país da China, disseram a mídia local e uma fonte de segurança neste domingo (26).
Os combates não pararam no estado de Shan, no norte de Mianmar, perto da fronteira chinesa, desde que uma aliança de três grupos étnicos minoritários lançou uma ofensiva contra o exército em outubro, assumindo o controle de posições militares e de uma cidade estratégica para o comércio com a China.
A Aliança Democrática Nacional de Mianmar (MNDAA), que compõe a aliança, "indicou que tomou outra porta de fronteira comercial, chamada Kyin San Kyawt, na região de Mongko, distrito de Muse", noticiou neste domingo o jornal Kokang, do veículo de comunicação afiliado ao grupo.
Esta fonte acrescentou que a aliança, também formada pelo Exército de Libertação Nacional de Taaung (TNLA) e pelo Exército Arakan (AA), assumiu outras posições em uma zona comercial fronteiriça após o início do ataque, na sexta-feira.
O MNDAA hasteou a sua bandeira na zona comercial fronteiriça de Kyin San Kyawt, disse uma fonte de segurança à AFP.
Uma parte importante do comércio do país com a China passa por esta área. Este bloqueio de várias semanas priva o exército de liquidez, muito valiosa em uma economia estagnada desde o golpe de 2021.
Com a deterioração da situação de segurança, a China pediu na sexta-feira aos seus cidadãos que abandonassem o norte de Mianmar "o mais rápido possível" e se mantivessem afastados dos combates.
* AFP