A justiça iraniana condenou à morte seis homens, acusados de fazerem parte de um "grupo terrorista" que executou atentados no sudoeste do país entre 2017 e 2019, anunciou nesta segunda-feira (6) o órgão da autoridade judiciária Mizan.
"Seis membros do grupo terrorista Harakat al Nidal foram condenados à morte" pelo tribunal de Ahvaz depois de serem considerados culpados "de operações armadas na província de Khuzestan", disse a agência.
O grupo é acusado de matar quatro pessoas, incluindo um soldado e dois membros do Basij (corpo de voluntários islâmicos) entre março de 2017 e março de 2019, segundo a mesma fonte.
Os condenados "seguiram ordens de seus chefes europeus, como Habib Nabgan e Habibulá [Habib] Chaab".
Este último é um dissidente iraniano-sueco que foi preso na Turquia em outubro de 2020 e atualmente está detido no Irã. Ele é acusado de liderar um grupo separatista árabe e está sendo julgado desde 2022 por "terrorismo" e espalhar "corrupção na Terra".
Seu grupo também é acusado de "cooperar com outros grupos terroristas" em um ataque durante uma cerimônia militar em Ahvaz, capital de Khuzestan, que matou 25 pessoas e feriu 249, em setembro de 2018.
A República Islâmica executa todo ano mais pessoas do que qualquer outro país, exceto a China, de acordo com dados de ONGs de direitos humanos, como a Anistia Internacional.
* AFP