Na primeira marcha estudantil do ano em Santiago, grupos de alunos do ensino médio protagonizaram alguns incidentes no centro da capital chilena até serem dispersados por agentes dos Carabineros, a polícia ostensiva.
A marcha, convocada para exigir melhorias na infraestrutura e pedir a renúncia do ministro da Educação, percorreu um trecho de 500 metros da Alameda Bernardo O'Higgins, principal via da cidade.
"É preciso entender que são anos de precariedade do sistema educacional (...) Continua a mesma repressão, os policiais continuam ameaçando e assediando os estudantes toda vez que querem se manifestar por uma educação digna", disse "Vicho", um voluntário de um grupo de cuidados a feridos que participou da manifestação.
Os primeiros incidentes ocorreram antes mesmo do início da marcha, em frente ao Internato Nacional Barros Arana, quando um grupo de 50 pessoas, supostamente estudantes, atirou coquetéis molotov e pedras contra policiais. Em seguida, atearam fogo em um pneu no meio da rua.
O protesto começou por volta das 14h e contou com cerca de 200 estudantes. A passeata, que forçou a suspensão da circulação de carros, foi escoltada e observada pela polícia.
No entanto, alguns minutos depois vieram alguns incidentes, com pedras sendo arremessadas por estudantes na direção dos Carabineros, que responderam com jatos d'água e bombas de gás lacrimogêneo.
A marcha foi desmobilizada e a habitual dinâmica de gato e rato começou: estudantes em grupos menores correram pelas ruas ao redor, bloqueando o tráfego de veículos, e policiais se espalharam para dispersá-los. Assim seguiu-se, repetidas vezes, em diferentes pontos do centro de Santiago, até o fim da tarde.
* AFP