Quatro iranianos foram condenados a penas de prisão entre um e 10 anos por estimular greves durante os protestos desencadeados pela morte de Mahsa Amini, informou uma fonte oficial neste domingo (8).
É a primeira vez que a justiça anuncia sentenças por incitação à greve depois das manifestações, que surgiram após a morte em 16 de setembro de Amini, uma curda iraniana de 22 anos que morreu sob custódia das autoridades por desrespeitar o código de vestimenta do país.
Em 5 de dezembro, vários ativistas utilizaram as redes sociais para convocar uma greve de três dias em apoio aos protestos.
Quatro pessoas foram condenadas a penas de prisão em primeira instância, principalmente "por terem incitado os motoristas à greve em dezembro" na província de Hormozgan (sul), informou o chefe da autoridade judicial local, Mojtaba Ghahramani.
"Um acusado foi condenado a 10 anos de prisão, outro a cinco também por ter criado um grupo com o objetivo de perturbar a segurança, e outros dois a um ano de prisão e indenização por quebrar vidros de caminhões", acrescentou o responsável, citado pela agência de informações do Judiciário Mizan Online.
"Nenhum dos acusados é motorista e não têm qualquer relação com o setor dos transportes", disse ele.
Os quatro iranianos, cujos nomes não foram divulgados, podem recorrer da decisão.
As autoridades iranianas descrevem esses protestos como "tumultos", alimentados por países estrangeiros e grupos de oposição.
Desde o início das manifestações no Irã, quatro homens foram executados por ataques contra as forças de segurança.
* AFP