Dezenas de milhares de israelenses, entre eles o ex-primeiro-ministro Yair Lapid, manifestaram-se na noite deste sábado em Tel Aviv contra o novo governo do país, o mais à direita da história do Estado judeu.
"Aqueles que amam o Estado vieram defender a democracia, seus tribunais e a ideia de uma vida em comum e de um bem comum", tuitou Lapid. "Não desistiremos até termos vencido."
Cerca de 100.000 manifestantes tomaram as ruas do centro de Tel Aviv, segundo a imprensa local. A polícia não informou o número de participantes da maior manifestação em Israel desde o retorno de Benjamin Netanyahu à chefia do Executivo, onde há vários ministros de extrema direita e ultraortodoxos.
Karen Kol, que mora na localidade de Hod Hasharon (centro de Israel), disse que se manifestou contra "um governo antidemocrático". "Não queremos permitir que os políticos controlem nossas vidas", disse Dov Gidony, 33, especialista em informática, que participava pela primeira vez de uma manifestação.
Tiveram destaque na passeata membros da comunidade LGBTI e opositores à ampliação das colônias israelenses no enclave palestino da Cisjordânia.
O protesto ocorreu dias depois que a Suprema Corte invalidou a nomeação como ministro do Interior do ultraortodoxo Arieh Deri.
* AFP