O Irã denunciou nesta quinta-feira (19) o pedido "inadequado" do Parlamento Europeu para incluir a Guarda Revolucionária, o exército ideológico de Teerã, na lista de "organizações terroristas".
Em conversa telefônica com o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amir Abdollahian, alertou que tal decisão teria "consequências negativas", disse o ministério em comunicado.
O ministro "criticou fortemente a posição emocional do Parlamento Europeu e qualificou a decisão como inadequada e incorreta", acrescentou a mesma fonte.
Os eurodeputados propuseram na quarta-feira à União Europeia (UE) e seus Estados-membros a inclusão da Guarda Revolucionária na lista de "terrorismo" do bloco, de acordo com um texto de emenda amplamente adotado.
Nesta quinta-feira devem reafirmar o pedido na votação de um relatório não legislativo centrado na resposta europeia às manifestações e execuções no Irã.
Desde meados de setembro, o Irã é abalado por uma onda de protestos contra o poder, após a morte de Mahsa Amini, uma iraniana curda de 22 anos que morreu sob custódia da polícia da moralidade por não usar o véu corretamente.
* AFP