O primeiro-ministro designado de Israel, Benjamin Netanyahu, ganhou nesta segunda-feira (21) o processo de difamação contra o ex-chefe de governo Ehud Olmert, que descreveu a ele e parentes como "doentes mentais" em entrevistas.
O juiz Amit Yariv, do tribunal de Tel Aviv, condenou Olmert a pagar 62.500 shekels (cerca de US$ 18.000) para Netanyahu, sua esposa Sara e seu filho Yair. O político foi processado por ter declarado, em abril de 2021, durante duas entrevistas, que eles eram "doentes mentais".
"Classificar alguém como 'doente mental' pode humilhar a pessoa", declarou o juiz durante o veredicto, transmitido ao vivo pelo tribunal.
Ehud Olmert, de 77 anos, foi primeiro-ministro de 2006 a 2009, antes de ser acusado de corrupção e condenado a 27 meses de prisão por fraude, principalmente por ter sido subornado em um projeto imobiliário chamado Holyland (Terra Santa, em tradução livre) em Jerusalém, onde foi prefeito.
Uma década depois, Netanyahu, sucessor de Olmert, foi o primeiro chefe de Governo na história de Israel a ser acusado durante seu mandato de corrupção.
Após vencer as eleições legislativas em 1º de novembro, Netanyahu foi nomeado para formar um novo governo.
Ele é acusado pela Justiça de ter recebido presentes como charutos, champanhe e joias de personalidades e também ter concedido favores governamentais em troca de um tratamento favorável pela imprensa.
Em Israel, o primeiro-ministro não desfruta de imunidade judicial, mas pode permanecer no cargo durante o processo.
Ainda assim, ele espera que o próximo Parlamento lhe conceda proteção judicial.
Atualmente, Netanyahu negocia a formação do próximo Executivo com seus aliados de extrema-direita e com as formações ultraortodoxas.
* AFP