As autoridades iraquianas investigam o "roubo" de US$ 2,5 bilhões do serviço fiscal e retirados de um banco público, indicaram as autoridades neste domingo (16), no mais recente caso que ilustrar o problema endêmico de corrupção no Iraque.
As autoridades não revelaram a identidade dos responsáveis. No sábado, a agência de notícias estatal INA publicou um pedido de investigação enviado pelo Ministério das Finanças à agência anticorrupção do governo, após uma investigação interna.
A petição alude ao "roubo de 3,7 bilhões de dinares iraquianos (cerca de US$ 2,5 bilhões) da Administração Geral de Impostos do banco Al Rafidain".
"Não permitiremos que o dinheiro dos iraquianos seja roubado", tuitou no domingo o recém-nomeado primeiro-ministro Mohamed Shia al-Sudani.
A grande quantia teria sido extraída entre setembro de 2021 e agosto de 2022 através de 247 cheques descontados por cinco empresas, segundo a Administração Geral Tributária. O dinheiro foi imediatamente sacado em espécie de suas contas.
A agência anticorrupção garantiu no domingo que enviará todas as informações ao Ministério das Finanças.
O ex-ministro interino das Finanças Ihsan Ismail, que acaba de deixar o cargo, apontou para "um grupo específico" como responsável pelo roubo, sem dar mais detalhes.
O Iraque ocupa o 157º lugar - entre 180 - no índice de percepção da corrupção da Transparência Internacional.
* AFP