Autoridades iranianas prenderam mais de 300 pessoas acusadas de militar contra o uso do véu, obrigatório no país, informou a agência de notícias Fars, citando um funcionário.
"Identificamos mais de 300 pessoas que lutam contra o uso do véu de diferentes formas", indicou Ali Khanmohammadi, porta-voz da Organização da Promoção da Virtude e Rejeição ao Vício, que responde ao Estado, citado pela Fars no domingo.
"Todas essas pessoas foram detidas", afirmou, sem informar a data nem o local das detenções.
Desde a Revolução Islâmica de 1979, a lei iraniana obriga todas as mulheres, iranianas e estrangeiras, independentemente da religião, a saírem às ruas com um véu na cabeça e roupas largas.
No entanto, cada vez mais iranianas, principalmente em Teerã e outras grandes cidades, deixam os cabelos à mostra.
Nos últimos meses, sob a presidência de Ebrahim Raisi, ultraconservador, a polícia aumentou suas intervenções para que a lei seja cumprida.
No início de julho, as autoridades proibiram as mulheres sem véu de usar o metrô da cidade santa de Mashhad, no noroeste do país, o que gerou uma forte polêmica.
Um pouco antes, em Shiraz (sul), a polícia deteve várias jovens que retiraram o véu durante um evento de skate, além de seus organizadores.
* AFP