O Conselho de Segurança da ONU condenou na quarta-feira a execução de quatro pessoas, incluindo dois opositores conhecidos, pela junta militar de Mianmar, uma declaração saudada pela oposição.
O Conselho de Segurança emitiu sua condenação das execuções, as primeiras em décadas em Mianmar, em um comunicado pedindo a libertação imediata da líder deposta Aung San Suu Kyi.
"Os membros do Conselho de Segurança condenam a execução de ativistas da oposição no fim de semana pelos militares birmaneses", disse o comunicado. "Eles citaram a declaração do secretário-geral de 25 de julho de 2022 e ecoaram seu pedido pela libertação imediata de todos os prisioneiros detidos arbitrariamente", acrescenta.
A declaração foi apoiada pela Rússia e China, os dois principais aliados da junta no conselho, bem como pela vizinha Índia.
"Saudamos o Conselho de Segurança da ONU por condenar a execução de ativistas pró-democracia", disse o opositor Governo de Unidade Nacional (GUN) no Twitter. O grupo de oposição disse que é hora de o conselho "tomar medidas concretas contra o conselho".
O GUN, dominado por legisladores do partido de Suu Kyi, tentou derrubar o governo militar e foi declarado "terrorista" pela junta.
As execuções anunciadas na segunda-feira atraíram condenação mundial e apelos a uma ação mais dura contra a junta isolada. Um dos quatro executados, Phyo Zeya Thaw, 41, era um ex-legislador da Liga Nacional para a Democracia de Suu Kyi. Kyaw Min Yu, 53, um famoso oponente do poder militar desde 1988, também foi executado.
* AFP