O comandante da Guarda Revolucionária, general Hossein Salami, acusou nesta segunda-feira (30) os "sionistas" pela morte de um dos coronéis do exército ideológico iraniano em 22 de maio em Teerã.
O oficial foi assassinado "pelas pessoas mais cruéis, ou seja, os sionistas. E se Deus quiser, vamos vingar sua morte", afirmou o general em um comunicado no qual, no entanto, não pronunciou os termos "regime sionista", utilizados por Teerã para citar o Estado de Israel.
O coronel Sayyad Khodai foi assassinado a tiros por um homem que estava na garupa de uma motocicleta no momento em que o oficial estava em um veículo diante de sua casa em Teerã.
Em um primeiro momento, o Irã atribuiu o crime a "elementos vinculados à arrogância mundial", uma expressão que faz referência aos Estados Unidos e seus aliados no vocabulário oficial de Teerã.
"Da Casa Branca a Tel Aviv, o inimigo perseguiu (o oficial) durante meses e anos, de casa em casa e de rua em rua", afirmou o general Salami.
O coronel Khodai foi a figura de maior destaque morta em território iraniano desde o assassinato do cientista nuclear Mohsen Fakhrizadeh em novembro de 2020.
A morte de Khodai aconteceu em um momento de estagnação nas negociações internacionais entre o Irã e as potências mundiais para a retomada do acordo nuclear de 2015.
Um dos obstáculos da negociação é a exigência iraniana de retirada da Guarda Revolucionária da lista americana de organizações terroristas, algo que Washington rejeita.
* AFP