O presidente do Chile, o esquerdista Gabriel Boric, se reuniu neste domingo (10) com seus ministros para fazer um balanço e uma "autocrítica" da gestão no primeiro mês à frente do país, disse a porta-voz do Executivo, Camila Vallejo.
"Obviamente tem sido um processo de instalação difícil. Tivemos alguns problemas que temos enfrentado, o que mostra que não basta dizer que somos um novo governo, que começamos do zero, mas também exige reconhecer que podemos fazer muito melhor", disse Vallejo em coletiva de imprensa.
A porta-voz indicou que, passadas quatro semanas desde a posse, em 11 de março, o governo teve de enfrentar "problemas, erros e dificuldades" no dia-a-dia que lhe renderam críticas da oposição de direita e de parte dos cidadãos.
Particularmente afetada foi a imagem da Ministra do Interior, Izkia Siches, após uma falha de segurança que a expôs durante uma visita à área de conflito entre o povo Mapuche e o Estado, e uma acusação errônea sobre gestão migratória em uma aparição no Congresso.
Apesar disso, Boric declarou que confia e apoia Siches, que se desculpou publicamente após falhas de comunicação interna no gabinete.
A este respeito, Vallejo apontou "a necessidade de reforçar" as equipes e "cuidar" da exposição pública dos ministros. "Fortalecer nossa coesão e o trabalho que estamos desenvolvendo", acrescentou.
Durante a reunião também fizeram um balanço do que foi realizado até a data. Dentro das medidas tomadas, destaca-se a assinatura do Acordo de Escazú em matéria de meio ambiente, a promoção de um projeto legislativo contra a violência contra as mulheres e o plano de apoio às empresas e à população para ajudar a recuperar os prejuízos econômicos causados durante a pandemia.
"Fizemos uma avaliação autocrítica (...) Tivemos que pensar em como melhorar", disse a porta-voz do governo.
* AFP