O governo do Chile fechou um acordo com a Central Única de Trabalhadores (CUT) para aumentar o salário mínimo em 12,5% e anunciou um programa para ajudar 1,5 milhão de lares a lidar com o aumento do custo dos alimentos.
O programa de ajuda, que irá ajudar a subsidiar a cesta básica para um conjunto de 80 produtos, terá um custo fiscal de 850 milhões de dólares, anunciou nesta terça-feira o ministro da Fazenda, Mario Marcel. Será uma ajuda direta a 1,5 milhão de lares mais pobres, para ajudar a compensar o custo da cesta básica, que subiu 14% nos últimos 12 meses.
O valor, que será distribuído até dezembro, será reajustado de acordo com o aumento da cesta básica.
O acordo firmado com a CUT precisa ser ratificado pelo Congresso e irá aumentar o salário mínimo para US$ 470 a partir de agosto, um reajuste de 12,5%.
"Vamos combinando medidas que são imediatas, como esse aumento do salário mínimo e a compensação pelo aumento do custo de vida, com reformas estruturais", explicou Marcel em entrevista à rádio Duna.
Os saques antecipados de fundos de pensão, juntamente com a ajuda direta distribuída pelo governo anterior, do conservador Sebastián Piñera, contribuíram para o crescimento da inflação no Chile, que em março acumulou um aumento anual de 9,4%.
* AFP