Vizinha da Ucrânia, a Polônia destinará 3% de seu Produto Interno Bruto (PIB) ao orçamento de defesa a partir do próximo ano, contra 2,2% no ano em curso - anunciou nesta quinta-feira (3) o vice-primeiro-ministro e presidente do partido conservador atualmente no poder, Jaroslav Kaczynski.
"Haverá uma emenda: 3% (do PIB) serão destinados ao orçamento (de Defesa), a partir do próximo ano. Depois, continuaremos a aumentá-lo", declarou Kaczynski, no âmbito de um debate no Parlamento, tendo a invasão russa à Ucrânia como pano de fundo.
No momento, os parlamentares poloneses debatem um projeto de lei sobre "defesa da pátria", proposto pelo partido nacionalista governista Lei e Justiça (PiS).
"A lei foi elaborada com base na nossa experiência nos últimos anos, que mostrou, claramente, que a Rússia é capaz de usar a força para atingir seus interesses, para pôr em marcha seus planos para a reconstrução do império", acrescentou Kaczynski.
O texto atualmente em desenvolvimento prevê, entre outros pontos, um aumento significativo dos gastos destinados à modernização do Exército. Essa modernização será financiada pelo orçamento e por empréstimos de longo prazo, detalhou Kaczynski.
A Polônia é um dos poucos países-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) que aloca mais de 2% de seu PIB para seu orçamento de defesa, conforme solicitado pela aliança militar. Em 2022, esse setor representaria 2,2% do PIB.
Na órbita soviética até 1989 e membro da OTAN desde 1999, a Polônia manifesta preocupação com sua segurança, sobretudo, após a anexação da Crimeia pela Rússia, em 2014.
* AFP